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Biodiversidade
Biodiversidade

 
 

 

 

A Biodiversidade é uma das propriedades fundamentais da natureza,mas atividades humanas colocam em risco as espécies e os ecossistemas.

 O termo Biodiversidade foi originado em 1980 por Thomas Lovejoy e desde 1986 a nomemclatura tem sido usada no que se refere a diversidade da natureza viva.
A biodiversidade é definida pela Convenção sobre a Diversidade Biológica<1> como “a variabilidade entre os seres vivos de todas as origens, inter alia, a terrestre, a marinha e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos dos quais fazem parte: isso inclui a diversidade no interior das espécies, entre as espécies e entre espécies e ecossistemas”.
Para o pesquisador cientifico, João Paulo Feijão Teixeira<2>, biodiversidade é “a espinha dorsal dos sistemas de produção envolvendo animais, culturas, forragens, florestas e aqüicultura”. A essência da biodiversidade não está somente em manter o sistema biosfera em funcionamento, mas em ser indispensável para o fornecimento de insumos básicos para a agricultura e para o homem, tais como “tais como fibras para vestuário, material para abrigo, transporte, medicamentos, fertilizantes e combustíveis”.<3> O surgimento da biodiversidade está ligado diretamente com o aumento da consciência ecológica no final do século XX e pode ser interpretada como “vida sobre a Terra”.<4> A biodiversidade pode ser subdividida em: diversidade genética (diversidade de genes), diversidade específica (diversidade das especias animais e vegetais) e diversidade ecossistêmica (diversidade dos ecossistemas presentes em no planeta).

O Brasil é o país que tem a maior biodiversidade de flora e fauna do planeta,[1] Essa enorme variedade de animais, plantas, microrganismos e ecossistemas, muitos únicos em todo o mundo, deve-se, entre outros fatores, à extensão territorial e aos diversos climas do país. O Brasil detém o maior número de espécies conhecidas de mamíferos e de peixes de água doce, o segundo de anfíbios, o terceiro de aves e o quinto de répteis. Com mais de 50 mil espécies de árvores e arbustos, tem o primeiro lugar em biodiversidade vegetal. Nenhum outro país tem registrado tantas variedades de orquídeas e palmeiras catalogadas.[1] Os números impressionam, mas, segundo estimativas aceitas pelo Ministério do Meio Ambiente o MMA, eles podem representar apenas 10% da vida no país. Como várias regiões ainda são muito pouco estudadas pelos cientistas, os números da biodiversidade brasileira tornam-se maiores na medida em que aumenta o conhecimento.[1] Durante uma expedição de apenas 20 dias pelo Pantanal, coordenada pela ONG Conservation International (CI) e divulgada em 2001, foram identificadas 36 novas espécies de peixe, duas de anfíbio, duas de crustáceo e cerca de 400 plantas cuja presença naquele bioma era desconhecida pela ciência. O levantamento nacional de peixes de água doce coordenado pela Universidade de São Paulo (USP), publicado em 2004, indica a existência de 2.122 espécies, 10% a 15% delas desconhecidas até então.[1]

 

 Potencial econômico

A biodiversidade pode contribuir de forma significativa para a agricultura, a pecuária, a extração florestal e a pesca. No entanto, quase todas as espécies exploradas economicamente, seja vegetal, como a soja e o café, seja animal, como o frango, são originárias de outros países, e sua exploração é feita de forma freqüentemente danosa ao meio-ambiente. Já o aproveitamento econômico de espécies nativas ainda engatinha. Para o PIB brasileiro, o setor florestal representa pouco mais de 1% e a pesca, 0,4%. A pequena participação das espécies nativas na economia tem, entre suas causas, a falta de políticas e investimentos tanto para a pesquisa básica como para o desenvolvimento de produtos. Na falta disso, não há como calcular quanto o Brasil poderia receber por patentes e tecnologias desenvolvidas com o estudo de sua biodiversidade – algo que, segundo alguns especialistas, estaria na casa dos trilhões de dólares. Um único medicamento para o controle da hipertensão, desenvolvido com o veneno da jararaca, espécie brasileira, renderia cerca de 1,5 bilhão de dólares por ano ao laboratório estrangeiro que o patenteou, um valor comparável às exportações nacionais de carne bovina e suína somadas.

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